Fórum Social Mundial Banco Tupinambá: iniciativa da economia solidária no FSM



O debate "Crédito Solidário para o Desenvolvimento Sustentável na Pan- Amazônia" trouxe ao Fórum Social Mundial a experiência do Banco Tupinambá, o primeiro banco comunitário do estado do Pará.


Marivaldo do Vale, gerente do novo banco, explicou que o nome Tupinambá faz homenagem aos primeiros habitantes da Ilha de Mosqueiro, distante 70 quilômetros de Belém, onde fica a sede da iniciativa comunitária. Segundo ele, a participação da população e o caráter solidário são características importantes para um banco comunitário, que não visa o lucro e sim o real desenvolvimento local.



Para isso, cada banco comunitário possui sua moeda social, uma alternativa à moeda oficial brasileira, o real. No caso do Banco Tupinambá, a moeda social chama-se moqueio, nome dado ao modo dos índios conservarem seus alimentos.

A atividade no Fórum esteve lotada e recebeu apoio de associações de funcionários de bancos públicos como a Associação dos Empregados do Banco da Amazônia e a Associação dos Funcionários do BanPará, entre outras. Mauro Preto, um dos funcionários do BanPará acredita que os mais pobres devem adotar os bancos comunitários " Os bancos tradicionais não são feitos para a maioria, mas para as elites, para as grandes empresas", opinou.

Questionado sobre a relação do Banco Tupinambá frente ao capitalismo, Marivaldo do Vale disse que o banco comunitário é uma crítica ao modelo capitalista de desenvolvimento. Isso quando aposta no trabalho coletivo e autogestionado das populações. "Estamos na sociedade do lucro. O objetivo do Banco Tupinambá não é o lucro, mas sim a organização do povo, a criação de microcréditos, a troca e o desenvolvimento sustentável da região de Mosqueiro", defendeu.

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