Empreendedora é reconhecida pelo trabalho desenvolvido em banco comunitário

Empreendedora é reconhecida pelo trabalho desenvolvido em banco comunitário




A empreendedora social Maria Ivoneide do Vale, 46 anos, dedica-se há quatro à gestão do Banco Tupinambá, primeiro banco comunitário da Região Norte, criado com o apoio do Banco Palmas – um dos 104 bancos comunitários em todo o País. Localizado na Baía do Sol, bairro com 7 mil habitantes, seu objetivo é garantir microcrédito para produção e consumo local a juros baixos, sem exigência de consultas cadastrais, comprovação de renda ou fiador. 


Segundo Ivoneide, a proposta é promover desenvolvimento mantendo a riqueza gerada na própria vizinhança. A lógica é a da compra e da venda com uma moeda social - moqueio - que é indexada ao real. Ou seja, 1 moqueio igual a R$ 1. Com isso é possível fixar recursos no bairro, já que a moeda é aceita somente no local, fazendo com que as pessoas comprem, vendam e gerem receitas para o território.
Numa pesquisa realizada pelo Banco no início do trabalho, percebeu-se que apenas 2% dos moradores faziam suas compras em estabelecimentos da região. Hoje, já são 70%. Há quatro anos, por exemplo, existia apenas uma panificadora na Baía do Sol; atualmente já são quatro negócios nesse ramo, que, inclusive, ampliaram suas atividades. O primeiro já se transformou em supermercado.
O banco começou com apenas 15 clientes, tendo como lastro inicial R$ 5 mil para empréstimos. Hoje, possui uma carteira de R$ 20 mil, e 97 empreendimentos locais (envolvidos com produção, comércio e serviços) aceitam a moeda social e dão descontos para estimular seu uso.
Em 2013, o Banco pretende investir também em capacitações. Segundo Ivoneide, a ideia é desenvolver o Programa Mãe Suprema, que vai fomentar a inclusão financeira e despertar o empreendedorismo das mulheres que são beneficiárias do Programa Bolsa Família, permitindo que busquem sua emancipação. 
Uma oficina promovida no início deste mês apresentou às mulheres o funcionamento da moeda social e como elas podem se beneficiar dessa inciativa. No dia 22 de março, será realizada nova atividade, com a presença da Caixa Econômica Federal, para abordar a questão do crédito no desenvolvimento de pequenos empreendimentos. O objetivo é que durante a Feira do Empreendedor, a ser promovida em Belém em julho, elas participem apresentando seus produtos.
“Não cruzo os braços diante das dificuldades. Os obstáculos são para me fortalecer. Sei que sozinha eu não posso fazer tudo, mas o pouco que eu fizer, sei que estarei colaborando para a transformação da minha comunidade”, acredita a empreendedora, que já recebeu diversas premiações pela sua atuação, como o 2º Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário, promovido pela Aliança Empreendedora com o apoio do Instituto Walmart (IWM), em 2012.

Conheça a história de mulheres transformadoras


"A minha satisfação é ver que as pessoas estão ganhando qualidade de vida. Sei que não podemos resolver todos os problemas do mundo, mas não podemos nos contentar em não fazer nada. Acredito que, por pequena que seja a ação, ela faz a diferença. Por isto, as mulheres que se sentem desacreditadas precisam ter este olhar e não se calar. Fazemos a mudança a partir da gente. Se fizéssemos sempre algo que gostaríamos que fizessem para nós mesmos mudaríamos este País", afirma Maria Ivoneide do Vale, fundadora do Instituto Banco Tupinambá, em Belém (PA).
Em março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, gostaríamos de celebrar as “Ivoneides”, que produzem mudanças sociais no seu dia a dia. 
A empreendedora, de 46 anos, dedica-se há quatro à gestão do Banco Tupinambá, primeiro banco comunitário da Região Norte, criado com o apoio do Banco Palmas – um dos 104 bancos comunitários em todo o País. Localizado na Baía do Sol, bairro com 7 mil habitantes, seu objetivo é garantir microcrédito para produção e consumo local a juros baixos, sem exigência de consultas cadastrais, comprovação de renda ou fiador. A missão é também fornecer acesso a serviços bancários para os moradores das comunidades mais pobres, que normalmente não se enquadram no perfil de clientes de bancos tradicionais, por falta de histórico de crédito ou de garantia financeira ou ainda de distância física.
Fonte: http://www.walmartbrasil.com.br/noticias/empreendedora-e-reconhecida-pelo-trabalho-desenvolvido-em-banco-comunitario/

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